A Última Carta de Amor – Jojo Moyes

(Foto: Divulgação)

Um romance que une, através de uma carta, duas mulheres separadas por quatro décadas



Depois de ler Como Eu Era Antes de Você (resenha aqui) e a continuação Depois de Você (resenha em breve), de Jojo Moyes, e se apaixonar pela sua maneira de contar histórias, comecei a buscar por outras obras da autora e me deparei com A Última Carta de Amor. Um romance que mistura a atualidade e um amor proibido da década de 60, em Londres.

Ellie Haworth é jornalista do jornal  Nation, e diante de uma mudança da sede da redação, Ellie acaba encontrando nos aquivos uma carta de amor datada em 1960. O que para todos parecia apenas um pedaço de papel, para ela era uma oportunidade de descobrir o que aconteceu com aquele casal, depois de quatro décadas, e consequentemente, alavancar a sua carreira.

A carta era destinada a Jennifer Sirling, cujo remetente era seu amante "B". E assim se desenrola a história, em três tempos e duas personagens como protagonistas. Ellie tentando descobrir a verdadeira história por trás daquela carta, e Jenny, antes de um acidente de carro em que perdeu a memória e pós acidente de carro em que luta para recuperar sua história, até o momento em que as duas se encontram.


(Foto: Editora Intríseca)


A principio o livro é confuso, duas protagonistas separadas por 4 décadas, três tempos diferentes, sendo: o atual (Ellie), o passado (Jenny) e o passado do passado (Jenny, antes de perder a memória). Mas, vamos facilitar...

Jenny era uma mulher da alta sociedade, com um casamento invejado pelas amigas e tinha tudo o que o dinheiro era capaz de comprar. Até que seu marido, Laurence, decide dar uma entrevista ao jornal Nation, e assim começa o relacionamento extra-conjugal de Jennifer, com o jornalista, o "B".

O relacionamento entre Jenny e B se dá por troca de cartas, até que ele a chama para fugir. Mesmo sabendo tudo o que perderá, ela aceita, no entanto, no caminho ela sofre um acidente de carro e perde a memória. Anos depois, ela e B se reencontram e ela recorda de tudo (ou quase tudo), mas outras coisas acontecem e eles não ficam juntos.

Quarenta anos depois, Ellie encontra essas cartas e por estar em um relacionamento com um homem casado ela se identifica com a história e começa a sua jornada em busca de descobrir o que de fato aconteceu com o casal. Até que as duas protagonistas se conhecem...

Não contarei mais detalhes para não dar spoilers da história. E apesar de ser contra as traições, que acabam sendo o centro de toda a história através dos encontros e desencontros (é, não concordo com nenhum tipo de traição, mas li o livro até o final mesmo assim...), A Última Carta de Amor mostra como que os direitos e valores da mulher (e da sociedade) mudaram com o decorrer dos anos.

Enquanto Jenny era dependente do marido para tudo, Ellie é independente financeiramente. Enquanto Jenny aprendeu que ela precisava que um bom casamento para ser feliz, Ellie aprendeu que precisava de um bom emprego para se sentir realizada. Enquanto Jenny tem um relacionamento extraconjugal escondida de todos, Ellie é a amante e não esconde seu relacionamento de ninguém.

O livro de Jojo Moyes é a oportunidade de vermos o quanto os valores mudaram em tão pouco tempo, como histórias distintas podem se encontrar e como nossas escolhas nos trazem consequências, as vezes, irreparáveis.


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