Entre o Agora e o Sempre – J.A. Redmerski

(Foto: Suma de Letras)

Vamos viver entre o agora e o sempre até morrer

Quem leu Entre o agora e o nunca vai concordar comigo que ali flutuamos e levitamos com um sorriso fácil e constante nos lábios e um prazer imenso estampado no rosto. Aquela road trip foi memorável e eis o grande problema desse segundo livro, Entre o Agora e o Sempre. Não me entendam mal, não é que ele seja ruim, é muito bom, mas ele "erra" ao tentar nos fazer reviver os momentos inesquecíveis de Cam e Andrew naquela estrada. Aqueles momentos mágicos foram únicos, foram espontâneos, foram cada um deles uma "primeira vez", e nada substitui a emoção e a magia da primeira vez. A primeira vez em uma cidade, em uma praia, o primeiro olhar, o primeiro beijo, a primeira conversa.

Nada substitui a primeira vez que beberam juntos e que vagaram sem destino pelas ruas de New Orleans. Nada substitui o primeiro toque, a primeira vez deitados na grama na beira da estrada, a primeira brincadeira, o primeiro banho de chuva, a primeira pifada do carro.

Nada, por melhor que seja, pode substituir o que foi vivido no livro anterior e a própria Cam se dá conta disso em certa parte da história. 


(Foto: Suma de Letras)

Repito, a história é muito boa, mas não chega perto do agrado que foi a anterior. Ela nos deixa a mesma mensagem de antes, nos faz questionar o cotidiano, a rotina, o fato de acordar e fazer a mesma coisa todos os dias no mesmo lugar durante toda a vida. Para alguns isso pode ser a felicidade, para outros, apenas tarefas impostas pela sociedade em um modelo que talvez não seja para todos.

No começo da leitura pensei: estou gostando, mas será que essa continuação era necessária? Não, não era necessária, mas prefiro pensar nela como um bônus para todos aqueles apaixonados. Para os que, mesmo apaixonados, tem medo de ter suas belas memórias arruinadas, esqueçam-no. É encantador e te faz sorrir, mas nada como uma primeira vez.

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