A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard
(Foto Divulgação)
Uma sociedade dividida pelo sangue. Um jogo definido pelo poder
Antes de mais nada queria dizer que eu me apaixonei por essa capa.
Por ser uma distopia, os humanos no mundo de Rainha Vermelha são divididos em dois tipos: vermelhos e prateados. Essa diferença se dá pela cor do sangue que os diferencia (sim, o sangue é prata mesmo). Quem tem sangue prata, tem poder e dinheiro e quem tem sangue vermelho, vive em vilarejos extremamente pobres, fétidos e sofre muito para sobreviver dia após dia.
Claro, que quem está na liderança, são os
prateados. Mas se existem opressores significa que existem oprimidos, e o
que oprimidos fazem? Pois é, a graça do poder é que ele está sempre mudando de
mãos.
Mare, nossa personagem principal, é uma vermelha e
todos sabem que isso significa ser pobre e levar uma vida de merda. Quando os
jovens fazem 18 anos e não são aprendizes, eles devem, obrigatoriamente, ir
para guerra. Sem escolhas, sem opções. Claro que ninguém quer ir lutar por
aqueles que te deixam vivendo no lixo, não é mesmo? O aniversário de Mare está
próximo, assim como de seu melhor amigo, dentre as opções ela tenta achar
um jeito de fugir da cidade com ele, sem ser morta. E ela encontra! Porém,
como tudo que é bom engorda e custa caro, Mare precisa roubar qualquer coisa de
valor, para pagar a fuga dos dois. Nessa tentativa, ela acaba indo trabalhar
para os prateados e as coisas começam a ficar interessantes.
(Foto: Editora Seguinte)
Eu amei como a autora conseguiu me levar para a realidade do
livro, eu consegui sentir toda raiva e frustração de Mare, torci muito por ela.
Ter conseguido me conectar com a protagonista me fez gostar mais ainda da
história. Na verdade simplesmente adorei todos os personagens, cada um
como uma personalidade diferente, até os prateados.
Quanto ao romance, gostei muito, de verdade, achei que
ia ser meio que um triangulo amoroso, mas a autora conseguiu inovar, e fiquei
muito feliz. Mare é uma personagem forte, determinada e inteligente, eu
entendo suas ações que fazem jus a sua idade, e as vezes ela parece bem mais
madura, o que no contexto do livro eu super entendi. Ela fez sentido pra mim.
Do lado ruim podemos citar que o início é um pouco
lento, mas é normal já que estamos conhecendo um mundo novo e algumas
pessoas podem ficar incomodadas com alguns comportamentos da protagonista. Os
que julgam como egoismo, eu entendi como autopreservação, mas vai de cada um.
Fora isso o livro se torna bem rápido, com acontecimentos importantes e
sem enrolação.
A leitura é viciante, quando você começa quer terminar logo
para saber o que vai acontecer. Adorei o livro todo, desde como a história
foi se desenvolvendo até como Mare foi crescendo no livro, e também, como ela
se manteve forte, quando tinha todas as razões para não ser.
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