A Submissa - Tara Sue Me

 (Foto: Editora Record)

Um livro quente e sedutor que aborda de forma coerente o universo do BDSM

Apesar de ser uma trilogia o primeiro e o segundo livro contam a mesma história em pontos de vistas diferentes. O terceiro é um complemento para a história que já está muito bem resolvida. A Submissa é narrado em primeira pessoa  e conhecemos o ponto de visa de Abigail King. Tara Sue Me caprichou nos detalhes das cenas eróticas e o livro é intenso do início ao fim. A linguagem utilizada é a bem característica de livros desse gênero. É de fácil entendimento, ousada, com um toque de sensualidade e alguns termos utilizados podem não agradar a todos os leitores, mas que combina muito bem com o desenvolver da história.

A construção dos personagens foi muito bem trabalhada. A autora fez uma mudança no estereótipo da protagonista que achei sensacional. Não temos uma mocinha ingênua, novinha e que não sabe nada da vida. Muito pelo contrário! Abigail já tem seus 30 e poucos anos e a ingenuidade passou longe dessa mulher! Ela é bem decidida e sabe o que quer. Já Nathaniel é o típico personagem masculino, lindo, rico e sensual. Uma pequena mudança que deu um toque a mais ao livro.

Por falar em personagens, temos personagens bem interessantes aqui. Começando pelo casal protagonista onde ambos tem interesse pelas práticas BDSM e não são estereotipados (não por completo). Não consegui criar uma ligação muito forte com Nathaniel, apesar de achar ele maravilhoso. Talvez seja o fato da autora não se aprofundar muito nos sentimentos dos personagens. Aliás, essa falta de profundidade foi o que me fez tirar uma estrela da classificação. Entendi o que a autora quis fazer. Como o primeiro livro é focado nos pensamentos da Abigail e em seus sentimentos, não dá para se aprofundar muito na visão de Nathaniel (isso fica para o segundo livro). 


As cenas de sexo são ótimas, quentes ao extremo, mas eu também gosto de ver o lado romântico da coisa e quando o livro erótico une o lado do sexo + amor ele fica perfeito. E foi isso que senti falta, pois só vi os sentimentos de Abby mudando enquanto de Nathaniel ficou obscuro, mesmo tendo algumas cenas fofas regadas a poemas e música ao piano.

O núcleo secundário de personagens foi um acréscimo. A família e amigos de Nathaniel são fofos demais e Felicia, a melhor amiga de Abby também é bem interessante. Espero ver mais a participação deles no segundo livro e ao que tudo indica eles estarão mais presentes.

Enfim, o livro é muito bom para aqueles que gostam desse estilo, como eu. Ele despertou vários sentimentos em mim conforme fui seguindo com a leitura: ansiedade, raiva, expectativa, paixão. Recomendo muito a leitura e te digo que é um livro super rápido de ler. Li em um dia as 269 páginas e já estou louca para ler O Dominador. Quero me apaixonar por completo por Nathaniel West.

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