O Acordo - Elle Kennedy

(Foto Divulgação)

“Inacreditável. Todas as meninas da faculdade dariam um braço pra me ajudar. Mas essa? Foge como se eu estivesse sugerindo que a gente matasse um gato e fizesse um sacrifício ao demônio.”  

Inesperado. Divertido. Descolado. E muito bom. Não achei adjetivos suficientes para qualificar uma história tão bem feitinha como essa de Elle Kennedy. Não há nada de novo ou exclusivo, mas ao mesmo tempo a narrativa é tão bem contada, que é impossível não gostar.

Hannah Wells é uma estudante de música, batalhadora e lacradora na matéria de Ética. Informação suficiente para o capitão do time de Hóquei Garrett Grahan correr atrás da moça para ajudá-lo a melhorar sua nota geral e garantir que sua bunda não congele no banco e nem perca a oportunidade de ser um jogador profissional no futuro.

A partir daí, Hannah e Garrett começam a jornada mais engraçada que li em um livro New Adult. Veja bem, a mocinha é destemida, sem papas na língua e muito independente, não se dobra a qualquer rostinho bonito, exceto ao seu “crush” Justin, um jogador de futebol americano que nem sabe que ela existe. E Garrett, é Garrett, um convencido, safado, de bom coração, que persegue Hannah até conseguir o que quer, ser seu pupilo em Ética.

Ah, pensou que ia ser amor à primeira vista? Infelizmente não, porque imagine duas pessoas atraentes, convivendo com assuntos de filosofia e ambos com uma língua afiada? É uma mistura bem explosiva. Pois bem, só para constar, um acaba notando o outro e o resto é história.

(Foto: Editora Paralela)

Contudo, a autora traz aspectos bem interessantes ao enredo. O passado de seus personagens principais, terrível por sinal. A história de Hannah é muito triste, mas a leveza e determinação de sua personagem é muito rica e convincente. Garrett, por sua vez, nos deixa com o coração na mão, porque apesar da imagem de garoto de ouro, invejado por alguns, teve uma vida nada querida.

Outro ponto é a desenvoltura da autora em descrever os personagens secundários, porque eles não só complementam a narrativa, mas apoiam o percurso dos personagens e também ditam pequenas nuance que faz a história decolar. Alguns são divertidos, outros chatos de galocha, mas essenciais para ditar o clima que alguns capítulos exigem.

Fica a dica de uma leitura prazerosa e de personagens que você gostaria muito de conhecer. Ah, e o bom humor é garantido!

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