Christine sofreu
um grande trauma, e isso acabou tornando-a amnésica. Além de não conseguir
fixar memórias recentes, há uma lacuna de vários anos, anteriores ao acidente,
dos quais ela não consegue se lembrar. A cada dia ela precisa que Ben, seu
marido, explique o que aconteceu com sua vida. No entanto, cansada de sua
situação e sem que seu marido saiba, ela começa a ver um médico que a aconselha
a escrever um diário. Todos as manhãs Christine lê o diário. Todas as noites
ela escreve o que aconteceu naquele dia. Até que se depara com essas quatro
palavras: "Não confie em Ben". Mas como não confiar na única pessoa
que está ali por ela?
Christine está perto dos 50
anos, porém, pela falta de memória, e apesar do reflexo no espelho, ela se
imagina no auge de seus 20 anos. Isso me incomodou um pouco, mas considerando
que a personagem é amnésica, é um fato que pode-se relevar. De resto, ela é
confusa, insegura, e tudo o mais que pode-se esperar, mais uma vez, de uma
personagem com essa doença. Não vou dizer que não gostei, ela apenas não
me conquistou.
Ben, marido de Christine, é um
personagem criado para ser o suspeito. Desde o início ele parece esconder
alguma coisa. E o fato de o texto na contra capa já revelar que ela não deve
confiar nele, não contribui para que o desfecho do livro seja surpreendente.
Dr. Nash foi o personagem de quem mais gostei (e isso não tem nada a ver com
minha fixação por médicos, ok?). Ele estava lá para ajudar Christine a
descobrir a verdade sobre o que lhe aconteceu. Sem mentiras e sem
confusões, é o personagem mais concreto da trama.
O livro não é dos melhores, mas
é extremamente envolvente, tanto que o li em duas noites e gostei muito. Não é
perfeito, apenas isso. Acho que para um livro de estréia ele é ótimo. Os
personagens pouco cativantes são perfeitamente "perdoáveis". Acredito
que o maior problema mesmo, é que as coisas se resolveram muito rápido no fim,
e o livro acaba meio "do nada", deixando o leitor curioso para uma
continuação que não existe.
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